quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Robert Scheidt e Bruno Prada retornam às origens


Fonte:timebrasil.cob.org.br

Copyrights: Daniel Ramalho / AGIF / COB


Os medalhistas olímpicos Robert Scheidt e Bruno Prada decidiram se antecipar à decisão final da ISAF (Federação Internacional de Vela) sobre a saída da classe Star dos Jogos Rio 2016, e escolheram fazer campanha olímpica para Laser e Finn, respectivamente. De volta ao Brasil, após a conquista do bronze em Londres, a dupla se emocionou durante a entrevista coletiva na sede do Banco do Brasil, em São Paulo. Juntos, Robert e Bruno conquistaram 52 títulos em 11 anos de parceria.

"O momento é feliz por comemorarmos mais uma medalha, a segunda da nossa dupla. Fizemos uma preparação próxima da perfeição. O ciclo foi vitorioso, incluindo dois títulos mundiais, e vitórias em quase todos os outros eventos disputados. Agora correr em outra classe é saudável, já que você não para e continua com táticas de regatas", revelou Robert Scheidt, que se tornou na Inglaterra o maior medalhista brasileiro da história, com cinco medalhas consecutivas. "Velejar em dupla é muito divertido. Tivemos anos maravilhosos, viajamos pelo mundo e construímos amizades", completou emocionado.

Na classe Laser, Robert foi oito vezes campeão mundial e soma três medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, além de um tricampeonato pan-americano. Já Bruno, terá de se readequar à categoria dos pesos pesado, a Finn. O proeiro não escondeu as lágrimas ao falar da vitoriosa parceria com Robert Scheidt, que segundo ele, não irá acabar, mesmo se a Star ficar realmente de fora. "Vamos correr campeonatos juntos. Hoje não podemos ficar parados e, por isso, vou voltar para a classe Finn. Será uma readaptação dura e exige dedicação. Foi assim com a Star e, em três anos, conseguimos formar a dupla e levar a prata na China, em 2008. Queremos ficar na Star, que está na nossa veia. Tomara que a ISAF recoloque a categoria na Rio 2016".

Indefinição da Star pode durar mais de um a ano

Robert Scheidt explicou que as decisões da ISAF são questionáveis e vão contra a vela. "A Star aceita diversos biótipos, é extremamente técnica e tem os principais velejadores do mundo. Seria ideal o retorno da categoria no Rio de Janeiro, que terá vento fraco. Esse período de indefinição pode durar mais de um ano e a gente não pode ficar parado. Por isso vou retomar a Laser, classe que parei em 2007, e acredito que ainda posso ser competitivo", contou o bicampeão olímpico. "O ciclo de 2016 vale um esforço extra por ser a minha última olimpíada e ser disputada no Rio de Janeiro".

Bruno Prada afirmou que no alto nível é importante se manter ativo e, por isso, a dupla precisa disputar regatas em várias categorias. O proeiro, além da Finn, se dedicará à HPE na vela de oceano. "É uma decisão provisória da Finn, que pode se tornar definitiva. A readaptação será até o final do ano. Tenho que perder 10 quilos, pois estou com 110. E perder peso é matemática. Vou cortar as delícias como refrigerante, rodízio, lasanha e chocolate, além de pedalar três horas por dia. Minha esposa vai gostar". O primeiro campeonato dele na Finn será em Miami, na Copa do Mundo, marcada para janeiro de 2013.

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